Aos 17 anos eu discordava dos meus pais e professores porque eles não entendiam e não sabiam de nada.
Já eu, tinha certeza de tudo. Verdades inabaláveis e teimosias irreparáveis.
Aí, eu entrei na faculdade de Artes e fui, através de crises dolorosas, me abrindo a questionamentos internos.
Seria eu aquilo mesmo que achava de mim?
Será que eu me limitava àqueles adjetivos tão opostos?
Será que as minhas opiniões e visão de mundo eram compatíveis com a realidade?
Li um tanto de psicanálise, fiz terapia e infinitas horas de aula de “O que é ou não é Arte” (Para quem não sabe, não há consenso sobre o tema; não existe uma resposta única para isso) e entendi que não sabia de merd@ nenhuma!
Se nem a Arte tem definição, como poderia eu explicar a mim mesmo ou o Mundo??
Começou aí outra crise… Não sei de nada e nunca darei conta de aprender tanta coisa!! Uaaaahhhh
Sofri e fui me remediando com centenas de livros, cursos, certificações e premiações. O alívio de cada conclusão de graduação ou especialização era logo substituído pelo comichão de precisar de mais e mais. Tipo um vício de diploma, sabe?
Em uma autoanálise vejo claramente um processo compensatório da sensação de burrice que me acompanhou por tantos anos. Burrice, tal, que não me levava a ter tantas certezas! Paradoxos da mente…
Hoje me sinto em um caminho do meio: Sei que sempre terei muito o que aprender, e para isso mantenho a mente aberta. E sei que reuni conhecimento o suficiente para poder ensinar e ajudar um tanto de gente!
E se você chegou até aqui, saiba que é para você que sigo estudando e crio os conteúdos nas redes, faço as lives e tals.
Não tenho mais um “Para que estudar” e sim um “Para quem”.
E assim tudo faz muito mais sentido!
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Abraço,
Ana Schmid
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